domingo, 27 de dezembro de 2009

Eu e a minha coca-cola já quente, os pingos na janela e a insônia

Eu, que não tenho insônia, ultimamente não consigo dormir. As coisas que aconteceram durante o ano me tomam os pensamentos e tudo o que quero é que ele acabe logo. Começo a achar que estou ficando velha demais pra dormir em paz. Nem a chuva que sempre embalava meu sono, consegue me fazer fechar os olhos. Eu, hoje, prefiro olhar os pingos pela janela. Talvez seja o excesso de cafeína acumulado ao longo dos anos, apesar de ela nunca ter me impedido o sono. Ou talvez seja mesmo só mais uma das minhas idiotices, aquelas piras que acontecem uma vez por mês, desde que eu fiz doze anos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Madrugada

E eu, que só queria ser o que não era, fui aquilo que não quis.

sábado, 5 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O dia em que eu chorei com o caminhão da Coca

Ao fim de um ano tão conturbado e repleto de problemas, de tristezas, decepções e dores, uma caminhada com a melhor amiga e bons papos jogados fora são uma boa pegada. Até que, de repente, o som de uma voz suave anuncia que chegou o natal. E aquilo entra nos ouvidos tão sutilmente que, antes de ver as luzes vermelhas ao longe, os olhos se enchem de brilhinhos de quase lágrimas. E o espírito de natal preenche seus sentimentos como há um tempo vocês não sentiam, e se lembram da distância da família, da saudades dos amigos... Até que o sentimento de idiotice faz cair em si. Pois, afinal, era só o caminhão da Coca-Cola.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vertigem

Os vultos passam apressados pelo vidro, o barulho dos carros que ultrapassam invadem ardentemente os ouvidos. Ao olhar pela janela, a calmaria do garoto da bicicleta, que parece estar na mesma velocidade, faz sentir sua respiração ofegante, e ele some. As árvores vêm em velocidade contrária, passando uma a uma, às vezes intercaladas por postes. Os dedos contornam o papel do chiclete que dança por entre os dentes como dançam por entre suspiros os pensamentos, interrompidos enfim pela freada brusca. Subir três lances de escada, duas luzes do corredor; quarto; cama; calmaria. Vertigem.

sábado, 14 de novembro de 2009

Vinte coisas aleatórias que deve saber sobre mim

Gosto de aveia e granola, não como camarão, sou viciada em coca-cola e chocolate. Uso milhares de cremes de cabelo, não dispenso esmaltes vermelhos e bons discos de rock. Não sei o que dizer na hora de consolar as pessoas, tenho pavor de aranhas apesar de gostar de insetos. Meu melhor passatempo ainda é fazer bolhas de sabão, o que me fascina ainda é Alice e meu livro preferido ainda é O Pequeno Príncipe. Não gosto de sertanejo. Sorvete tem que ser de pistache, leite tem que ser desnatado, cerveja tem que ser heineken. Tenho amores complicados, e jamais tente contrariá-los. Ando no meio fio, rodopio na frente do palco, dispenso quem não sabe segurar minha mão.

Pé no chão, cabeça nas nuvens

Adormeço sempre em meio às palavras doces de minha oração. Quando me deito, penso em milhares de coisas, milhares de ideias e pensamentos bagunçados, que cessam e se calam à medida que minha reza vai fluindo. E, assim, adormeço na escuridão. No breo dos olhos fechados, quando menos espero, sou subitamente acordada por um sonho; ora bom, ora ruim. E permaneço nele por um tempo, que não sei qual é. Volta e meia, retorno ao breu e esquecimento, até ser novamente acordada por outro sonho; ora bom, ora ruim. Nesse misto de sonho e dormência, as horas passam e a noite se esvai, até que eu me acorde com o raio de sol que entra pela janela e o barulho incessante do meu despertador, que me convidam para um novo dia; ora bom, ora ruim. E nesse dia eu permaneço, por vezes adormecendo de olhos abertos, sumindo sem que ninguém perceba, me afundando em sonhos; ora bons, ora ruins. E as horas passam e o dia se esvai, até que eu deite novamente, me acalme nas palavras doces de oração e seja subitamente acordada por mais um sonho; ora bom, ora ruim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Surpreenda

Me ensine a não andar com os pés no chão.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lição

Porque eu sempre me apaixonei por qualquer poste, mas um dia aprendi a também dar uma chance para as árvores.

sábado, 17 de outubro de 2009

Resgatado da agenda

Todo o charme e cordialidade, que há muito não se via. Olhar vivo, sorriso cativante. Novo príncipe distante, luz de todo novo dia.

(escrito em 02/12/08)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sobre o que deixei sem querer deixar

Eu sinto falta dos amigos que costumava ter sempre à tiracolo. Eu os carregava pra onde fosse, quando fosse e como fosse. Eu estava lá sempre que precisavam e eles estavam lá mesmo quando eu não precisava, porque simplesmente tínhamos uns aos outros. Mas um dia percebi que estava longe deles, longe demais pra acompanhar suas rotinas, suas tristezas e alegrias. Estava longe pra poder abraçar quando choravam, pra chorar de felicidade quando conseguiam algo que queriam, pra estender a mão quando as coisas não iam bem. A vida foi nos afastando tão sutilmente que não notei ter deixado passar tanta coisa; vitórias, alegrias, perdas, fracassos, necessidades, desejos, sonhos; e quando percebi, já era tarde. E então descobri que sem eles eu não era nada, sem eles os dias não eram os mesmos, as lágrimas rolavam diferente, tudo era mais frio, e o sorriso, já não tão sincero, deixara de ser quente. Mas seus rostos estavam lá fundo, no meu coração. A lembrança das risadas contagiantes, dos abraços aconchegantes vão ficar pra sempre comigo. Onde quer que eu esteja, pra onde quer que eu vá, não importando se feliz ou triste, jamais os abandonarei e tentarei, ainda que em vão, mantê-los de novo por perto. Que seja por uma carta, como as muitas que tenho guardadas, um poema, como o que escrevi certa vez e que sei que eles ainda o tem guardado, por telefonemas escassos, em datas especiais ou mesmo numa tarde qualquer de domingo, por uma foto que não sai nunca da parede e, principalmente, pelas lágrimas que derramo todos os dias em que me arrependo de tê-los deixado pra trás. Estarão sempre aqui, ainda que não estejam aqui e eu, prometo, estarei lá, ainda que esteja aqui.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

(Arnaldo Jabor)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Regressivo

Ela só queria que os dias passassem mais rápido,
mesmo sabendo que a vida era contada de trás para frente.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

I could hold your beautiful hands and kiss your beautiful eyelids,
Throw open your beautiful doors,
And phone your beautiful friends
But it's all over...

I could bind your beautiful wrists
And shut your beautiful eyes with the drugs,
And kick, your beautiful doors in!
I'm shame on your beautiful friends...
Cause it's all over...


I could fight your beautiful words,
And mourn your beautiful loss!
Throw me out of your beautiful lifestyle
And call your beautiful name...

But it's all over...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pintura Íntima

Você já sentiu como se a única solução pra vida fosse explodir e começar tudo de novo, do zero, de uma maneira diferente, sem os erros idiotas que você aprendeu que não levam a lugar algum? E é como se estivesse empurrando o futuro com a barriga e arrastando atrás de você todas as coisas das quais não consegue se desprender. O fardo vai ficando cada dia mais pesado, as forças vão cessando e parece que nem seus pés se movem com a mesma facilidade. E com eles, também os braços já não se movimentam com a mesma agilidade, o coração já não bate com a mesma leveza e o sorriso não se abre com a mesma intensidade. Tudo parece se tornar falso; feridas cobertas de sentimentos fúteis, de atitudes inúteis. É como se já não houvesse espaço pra remendar as partes estragadas e estivesse, enfim, na hora de jogar tudo aquilo fora. Mas jogar onde? E começar de onde? Pois nem as forças que você tinha no começo estão ali pra te ajudar a construir tudo de novo. E então você pinta novamente as costuras aparentes, fazendo mais uma tela em branco, por cima de todo aquele amontoado de coisas, deixando sua vida aparentemente mais bela, já que não pode fazê-la, de verdade, mais leve.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Máscara

Quando a dor aperta, o lápis pinta mais forte os olhos vermelhos, o blush faz mais rosadas as bochechas, o pó esconde os traços e por trás da maquiagem esconde-se a tristeza. Faz-se belo o que é doente e engana-se o mundo, fazendo-se de contente.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sobre os Astros

Geminianos são como gatos; alimente-os na medida certa, não os prenda, jamais tente ignorá-los ou mostrar-se superior a eles, e eles serão todos seus.

domingo, 19 de julho de 2009

Ela rebola e eu passo mal

E você resolve sair gatinha pra arrasar e conhecer pessoas novas. E troca, troca, troca, e acaba caindo na regata branca, no tênis com vestidinho, no lenço, no coletinho jeans. E passa perfume, e arruma o cabelo, lápis preto no olho, rímel pra dar volume, blush e afins. Sai linda, poderosa, som do carro no máximo volume, no melhor rock de menininhas e uma heineken gelada na mão. E se depara com ela, a convidada que não tem um milímetro de gordura extra, um fio de cabelo fora do lugar, de calça jeans e plataforma. E fica aquela guerrinha de leve, natural entre os opostos, mas nada muito agressor. De um lado a pitada de inveja de ser mais moderninha; do outro, de ser mais perfeitinha. Mas lá pelas tantas da festa, aparece ela; o meio termo de tudo, mas não num bom sentido. Ela que, de calça de termocolante prata e Crocs, saruel de oncinha e bico fino, 'feito cobra mal matada, rebola, e eles passam mal'. E no fim da festa você se descobre ali, ao lado da perfeitinha, porque afinal, vocês duas se dedicaram incessantemente aos termos do bom vestir, de bem apresentar-se, e eles, os mais gatos da festa, só olham pra 'ela'. E se fosse pra perfeitinha, você até entenderia. E se fosse pra você, ela também entenderia. Como não é, só lhes resta ficar juntas no fim da festa, no canto de vocês, bebendo uma bela cerveja e trocando músicas por bluetooth.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Como ganhar o coração da Pâm (por Fernanda Fruguli )

Questionário Para concorrer Vaga no Coração da Pâm:

1) Com que frequência você usa sua baqueta? [ eu nem respirei de tanto rir da 'mgm subliminar' dessa pergunta kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk]

(a) todo dia
(b) Regularmente
(c) De vez em quando
(d) Raramente
(e) Baquetas?!

Os que responderam letra A, um passo à frente. Os demais, tchaubjosmeliga.

2) Você é esquisito?

(a) Todos dizem que sim
(b) Meus amigos acham
(c) Alguém já me disse isso
(d) Não sei
(e) serve Nerd?

Os que responderam letra A, um passo à frente. Os demais, tchaubjosmeliga.

3) Você tem tatuagem?

(a) Sim, em 90% do corpo.
(b) Várias.
(c) Uma
(d) Não, mas poderia ter
(e) Capaz, dói muito.!

Os que responderam letras A e B, um passo à frente. Os demais, tchaubjosmeliga. Os que responderam letra E, ala gay é terceira porta a esquerda, obrigada.

4) Qual seu tipo de música favorito?

(a) Rock n' Roll, porra.
(b) Sertanejo.
(c) Pop Rock
(d) REggae
(e) Funk.

Os que responderam letra A, dois passos à frente. Os demais, tchaubjosmeliga. Os que responderam letra E, concurso para 'Lacraia da favela' na sala ao lado, obrigada.

5) Como você 'ataca'?

(a) Te jogo na parede e o resto, vc descobre.
(b) Te laço e dou um nó.
(c) Dou tapa na bundinha.
(d) Beijinho no Rosto.
(e) Ai que agressiva!

Os que responderam letra A, três passos à frente. Os demais, tchaubjosmeliga. OS que responderam letra E, questionário de 'bicha passiva', sala 4, obrigada.


PS: Eu rolei cinco mil anos disso! (Pam)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Experiência

Retomei o meu orgulho, e agora, ninguém há de me tirá-lo. Pois das tantas dores que senti, a de perdê-lo foi a mais aguda e insuportável. E só quando caí, com o rosto por terra, foi que o pude ver, no chão, traído, pisado. E só quando senti que ele ainda respirava, mesmo fraco e quase morto, foi que consegui me levantar. E agora, ninguém há de me tirá-lo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Acordo interior

Tá bom, coração, chega de brincadeira! Vamos fazer um acordo, ou você pára de doer aqui dentro, ou te coloco numa tigela até você entender que quem tem que mandar nos sentimentos sou eu!

sábado, 20 de junho de 2009

Dez coisa que levei anos para aprender...

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom ou empregado, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção, nunca falha).

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
(Está cheio de gente querendo te converter!).

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
(Na maioria das vezes quem está te olhando também não sabe! Ta valendo!).

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
(Deus deu 24 horas em cada dia para cada um cuidar da sua vida e tem gente que insiste em fazer hora-extra!).

5. Não confunda sua carreira com sua vida.
(Aprenda a fazer escolhas!).

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
(Quem escreveu deve ter conhecimento de causa!).

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria 'reuniões'.
(Onde ninguém se entende... Com exceção das reuniões que acontecem nos botecos...)

8. Há uma linha muito tênue entre 'hobby' e 'doença mental'.

(Ouvir música é hobby... No volume máximo às sete da manhã pode ser doença mental!).

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
(Que bom!)


10. Lembre-se: nem sempre os profissionais são os melhores. Um amador construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
(É Verdade!).

por Luis Fernando Veríssimo

Paciência

Está em falta nos mercados.
Na feira me disseram que não é época de colheita.
Fui em todas as farmácias, não tem em pílula nem efervescente.
Só não tentei ainda a internação...
Será que eles colocam uma dose no meu soro?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Crise

Não vou mais brincar com coisas que machucam. Não vou mais brincar de ser boazinha, de sempre dizer sim. Não vou mais brincar de gostar, nem de sonhar à toa, nem perder tempo com coisas inúteis. Vou brincar de gente grande, e agora é pra valer.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Alívio

Um peso tirado dos ombros
Um suspiro aliviado
A respiração leve
O sorriso singelo de satisfação.
Até abrir os olhos e dizer
"Tá, TCC, agora a segunda etapa!"

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Meu lado machista

Sou defensora das mulheres, de toda sua liberdade, força, elegância e feminilidade. E é sendo fiel a tudo isso que, às vezes deixo aflorar meu lado machista da história. Não confio em homens que reparam no meu novo corte de cabelo ou na cor do meu esmalte, nem naqueles que dizem palavras bonitas e fazem versos poéticos. Confio menos ainda naqueles que não complicam quando saio de shortinho curto, ainda que a festa inteira me devore com os olhos. Não quero homem que não assita futebol, que troque a peladinha de sábado pelo violão, que não entenda de carros. Não quero bolachinhas com manteiga nem beber só destilados. Quero homem que não tenha estilo, mas que seja arrumadinho. Quero ele me esperando na frente de casa pra passear, linda e cheirosa, no banco do passageiro, e que fique claro, do passageiro! Quero que seja meu, e só meu, quero sentir ciúmes, quero posse, quero brigas. Quero um anel de noivado bem lindo antes da aliança de casamento. Quero casar. Quero ser feminista, mas às vezes, quero as coisas desse jeito, exatamente desse jeito.


(uma homenagem à grande amiga NanaRodrigues, porque afinal, nós temos mesmo um lado machista)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Escolhas

Eu hoje fico feliz por um lado e triste pelo outro.
Sorrio de um lado, choro ao virar para o outro.
Aperto firme uma mão, sem querer soltar a outra.
Escolhas que seguem em direções opostas, inversamente proporcionais.
A vida me diz que não posso ter tudo...
Por que, então, me deixar escolher?
Sou geminiana nata e esse verbo nunca me fez muito bem.

domingo, 17 de maio de 2009

Enquanto uns dormem

Vou por atalhos...
Se faço curva, faço nó!
Eu não tenho timão nem direção maior.
Criando atalhos, a golpes de satisfação,
Faço escultura em luz de lampião.
Meu oriente é rente à televisão
Dos passos que passeiam no Japão.
Menino, a lente é vidro de aumentar visão
E a mente é de alimento à solidão.
Porque eu não quero ficar aqui
Enquanto uns dormem
Quero um balão pra poder subir.
E avise que vou voltar se não cair!
Fazendo um talho
À ponta de faca, sem dó!
Entrega ao punho sua direção...
E assim me valho
De verbo ou de coisa melhor
E aceito a cicatriz como perdão.
Deixa eu me explicar sem medo,
Tão mais cedo quanto for...
Assim não é preciso impressionar!
Cale-me com um segredo
Que eu não possa ver a cor...
Talvez seja mais fácil de acordar.
Se eu não puder viajar,
Me encontre aqui!
Talvez eu vá me esconder em mim...

(Vanguart)

Em paralelo

Queria viver no mundo que se abre nos meus sonhos, onde acontecem as coisas que estão guardadas lá no fundo do meu coração, sem medos, sem segredos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Violetas na Janela

Violetas esperam, na janela, um abajur queimar
pra iluminar o rosto de quem quer acordar
sem dores no pescoço em outro lugar.
Ah, violetas murcham na janela, sem saber por quê.
Dizem que enxergam o que ninguém vê,
ficam esperando sabe Deus o quê!
Diga que a lua dorme sobre o mar,
prometa que as almas nunca vão secar.
Segure a minha mão quando eu for chorar.
Tenho medo de ir lá, de nunca voltar.
Tenho medo ir de lá, de não te encontrar.


(Poléxia)

A velha cor

Eis que ela volta a ter as unhas vermelhas, tal qual seus sapatos.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Destino

É quando a vida joga na nossa cara que não estamos predestinados a fazer o que queremos e sim o que ela manda.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Sobre trabalhar no feriado

Acordei de manhã já com aquela sensação esquisita de quem deveria continuar ali debaixo das cobertas. Fui até a sacada, forcei os ouvidos, mas não pude ouvir o ronco de nenhum carro saindo da garagem. Sim, meus vizinhos estavam todos dormindo. Bem, escovei os dentes e me vesti. Roupas, cabelo, cremes, maquiagem, perfumes; tudo em seu devido lugar, como de costume. Nas escadas, nem o vizinho mais chato que nunca responde o meu bom dia. Até ele estava dormindo! Na rua, apenas o vento no rosto e a sensação de que alguma hora eu ia me deparar com aquele redemoinho de poeira que levaria algumas folhas junto e até faria um barulho de vazio, que aumentaria mais ainda a minha indignação. Nunca cheguei tão rápido à empresa. Sem o movimento rotineiro da avenida, num piscar de olhos já estava lá. Foi a experiência mais estranha que já vivi, trabalhar num feriado nacional. E o pior, era primeiro de maio, o dia o do Trabalho.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ela, no que se tornou

Os dias têm corrido mais que o comum, as luzes permanecido acesas por mais tempo, as noites passado mais depressa. A pressa não deixa ver o momento, faz viver sem sentir, faz sentir o cansaço. Quando pára, sente o vazio; percebe-se num vácuo entre razão e emoção. Aos poucos a mente se enche; decisões que tem de tomar, pendências a resolver, contas a pagar, dinheiro a ganhar. E aos poucos vai-se esvaindo a idéia de sair, de sonhar, de viver, de ser feliz. Tornou-se fria, fechada, racional, mecânica. Não passa de mais um escravo da cidade grande, sem sangue, sem sonhos. Matou a criança dentro de si. Tornou-se aquilo que nunca desejara ser.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Evaporar

Tempo a gente tem quanto a gente dá
corre o que correr, custa o que custar
tempo a gente dá, quanto a gente tem
custa o que correr, corre o que custar
O tempo que eu perdi, só agora eu sei
aprender a dar, foi o que ganhei
e ando ainda atrás, desse tempo ter
pude não correr, e ele me encontrar
não se mexer... beija-flor no ar
O rio fica lá, a água é que correu
chega na maré, ele vira mar
como se morrer fosse desaguar
derramar no céu, se purificar.
deixa pra trás, sais e minerais
evaporar.

(LittleJoy)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Conversa com o tempo

- Oi, bom dia, posso respirar?

- Ora, mas quanta audácia! É claro que não! Daqui a pouco vais começar a me pedir se podes comer ou pensar, e por fim vais acabar me pedindo para dormir! Oras, é claro que não!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sonhos

Meus sonhos são como bolhas de sabão; de tão coloridos e brilhantes, alguém sempre tem o prazer de estourar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quero

Quero mudar de ares. Quero mais do que estar simplesmente aqui. Mais do que simplesmente estudar, que simplesmente trabalhar. Quero mais do que simplesmente viver. Quero dias melhores, céus mais azuis, sorrisos mais sinceros. Quero dançar debaixo do sol, soprar fumaça na janela em noites frias, ver os aviões chegando ao longe, cantar rimas sem sentido. Quero estar lá e aqui, quero fazer brigadeiro e tomar coca-cola, ver filmes, passear nos parques. Quero rir da obra do museu, quero ver aquele mendigo cantar e o vendedor anunciar que é hora de almoçar. Quero amigos, quero amor, quero felicidade. Quero mais paz, mais carinho, menos preocupação. Quero menos, quero mais. Quero mais que simplesmente. Simplesmente, quero.

domingo, 12 de abril de 2009

Não sei

É... estou há 23 minutos em frente a página do blogger e não sei o que escrever. Tudo bem que são 3:49 da manhã, eu acabei de chegar de viagem e vou sair pra trabalhar daqui a exatamente 4h, mas não é desculpa. Simplesmente não sei o que escrever.

sábado, 4 de abril de 2009

Por acaso

Um dia olhei do outro lado da rua e me chamou a atenção. Me atraiu para perto e, inesperadamente, se tornou companhia nas noites de insônia, ouvinte e, até mesmo, confidente. Um amigo que está perto, mesmo estando distante. De tão longe, nem vê os sorrisos e risadas que arranca da garota que um dia estava lá, apenas do outro lado da rua.

sábado, 28 de março de 2009

O início da saga

Esse negócio de trabalho de conclusão não é pra qualquer um, convenhamos! Aquela siglazinha de três letras que todo mundo treme só de pensar em ouvir. Sim, o próprio. O tão temido TCC. Sabe, enrolei horrores pra começar a escrever aquele tal de pré-projeto do TCC. O meu medo de começar era tão grande, que eu arranjava qualquer desculpa pra nao começar. Eu tinha que ler mais, eu tinha que fazer janta, eu tinha que ir pra aula, eu tinha que ligar pra fulana, eu tinha que trabalhar, eu tinha ir pagar as contas, eu tinha que ir ao banheiro, eu tinha sono. Eu tinha era milhões de desculpas esfarrapadas. Mas aí, o tempo foi me apertando, e de repente, numa noite, uma vontade súbita de acabar de vez com aquela "coisa" que amedrontava, me fez entupir o estômago de cafeína e descarreguei tudo o que tinha preparado nesse meio tempo. E, como num passe de mágica, às quatro horas da manhã (sim, pasme), ele estava pronto. Ou praticamente isso. Antes do tempo previsto, melhor do que eu havia imaginado, mais fácil do que eu havia pensado. Os olhinhos se encheram de lágrimas e o peito de orgulho ao ler pela, sei lá, milhonésima vez o tal do tão temido pré-projeto de TCC, inacreditávelmente, pronto. Acho mesmo é que o nome assusta mais que o conteúdo. Então fui dormir tranquila, me perguntando por que eu não tinha feito aquilo antes. Mas eu sei. Porque fazer as coisas sem aquela pressão psicológica do calendário virando a folha, do relógio girando cada vez mais rápido, de todo mundo te perguntando se você já começou, definitivamente, não tem emoção.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Puzzle

Ela era uma pecinha encaixada perfeitamente naquele enorme quebra-cabeças. Mas ele ainda não estava pronto, por isso alguém sempre mudava as coisas de lugar. Um dia ela foi tirada do seu cantinho. Talvez ninguém tivesse percebido que já estava no lugar certo, talvez nem ela própria, em meio a tantas mudanças, pudesse perceber. O outro canto do tabuleiro era bom, tinha peças viçosas e simpáticas, mas com o tempo, percebeu que não conseguia se adaptar. Seu lado esquerdo (ou direito, ou de cima, dependendo de como a viravam), nunca se encaixava. Viravam-na de lado e até de ponta cabeça! Tiravam e colocavam, trocavam as milhões de peças ao seu redor, mas nada parecia funcionar. Talvez porque ninguém ainda tivesse percebido que ela só é capaz de se encaixar em um único lugar; o lugar de onde um dia foi tirada.
"Com mil disfarces úteis, tudo se resolveu na areia,
onde fazem casa os avestruzes."

quinta-feira, 12 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Sentimentos

Vou virar minhas gavetas de cabeça para baixo, que é pra não guardar mais nada.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Quanto você pode aguentar?

Quanto você consegue lutar? Lutar, lutar e quando estiver quase vencendo, tomar um golpe certeiro, que arrasta seu rosto por terra. Até onde você consegue caminhar? Caminhar incessante, buscando alcançar o seu objetivo, e quando estiver a menos de um palmo, um vento forte te empurrar de volta pro começo da estrada. Até quando você aguenta procurar a felicidade? Procurá-la nos mínimos detalhes, nos lugares mais escondidos e escuros, e quando encontrar, ela se derreter como gelo nas suas mãos. Quanto você pode aguentar ir e voltar tantas vezes ao mesmo lugar? Tentar, sempre outra vez, e outra e outra, e quantas mais forem necessárias. Quanto? Eu não sei, nem quanto nem até onde, nem até quando. Mas sei que não quero ficar no começo da estrada, por isso saio dali o mais rápido possível, esperando que o próximo golpe seja meu, que o próximo vento me empurre pro lado contrário, que a felicidade se firme como ouro em minhas mãos. Espero voltar a começos de estradas diferentes, que um dia me levem aonde quero chegar.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Flowers



I want to buy you flowers
it's such a shame you're a boy
but when you are not a girl
nobody buys you flowers


I want to buy you flowers
and now I'm standing in the shop
I must confess I wonder
if you will like my flowers

You are so sweet and I'm so alone
oh darling please
tell me you're the one
I'll buy you flowers
I'll buy you flowers
like no other girl did before

You were so sweet and I was in love
oh darling don't tell me
you found another girl
forget the flowers
because the flowers
never last for ever
my love...

O dia em que meu Orkut fugiu

Sim, tudo foge sempre de mim! Mas como sempre, também, sempre volta. Já apaguei meu orkut milhares, zilhares de vezes, fiz e refiz meu perfil tantas vezes que nem sei contar. Mas ontem quando entrei e ele simplesmente não estava lá, eu fiquei extremamente irritada. A idéia de ter que fazê-lo de novo, amigo por amigo, foto por foto, frase por frase, me arrepiou. Mas eu já tinha feito isso tantas outras vezes! Qual o problema? Bem, o problema é que agora eu era obrigada a fazer. E quando se é obrigado, até a coisa mais simples se torna chata, ao passo que quando fazemos por livre e espontânea vontade, até o mais chato se torna simples. Por fim, eu o fiz. Adicionei cada amigo que havia no outro e fiz questão de avisar que o orkut velho havia sido roubado. Pois bem, foi só eu me acostumar com a idéia que, claro, tudo mudou de novo. Ao fazer o login hoje e ver abrir-se, magicamente, o perfil antigo, eu não sabia se ria ou se chorava. Ou mesmo se eu apagava de vez aquela coisa! Mas não fiz nenhum dos três, eu apenas respirei fundo e me dei ao trabalho de avisar, novamente cada amigo, de que tudo não passara de um mal entendido. Afinal, qual o problema em eu ser a única pessoa que possui dois perfis de orkut numa única conta do google?

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ócio (não) produtivo

A hora não passa. Eu olho no relógio e ele está sempre parado no mesmo minuto.
Parece que se esqueceu que tem de trabalhar. Ou o minuto 22 parou pra conversar com o 21,
Ou o 23 saiu pra lanchar e ainda não voltou.
E eu não tenho nada pra fazer.
Se tivesse, nem perceberia seu atraso.
Mas como estou aqui, parada, esperando que algo inédito aconteça,
só o que tenho a fazer é monitorar o relógio.
Acho que vou despedi-lo no fim do mês.
E vai ser por justa causa! Por baixo rendimento e atraso sem aviso prévio.
Enquanto isso, vou tentando achar alguma outra função para o meu ócio.
Mas parece que hoje tudo resolveu ficar de folga, nem a internet quer me fazer companhia.
Eu abro um site, não tem nada interessante.
Abro outro, tem a mesma notícia da semana retrasada.
No terceiro, oba! Algo me interessa...
Bom demais pra ser verdade, num dia como hoje, não?
A página não carrega nem até a metade.
Eu aperto F5 e aquele maldito circulozinho do Explorer, no cantinho da janela, não pára mais de rodar.
Roda, roda, roda e nem uma única frase do começo da matéria, nem uma frasezinha só, pra me alegrar...
Aí eu lembro que tenho um bloco de notas, né.
E um blog pra postar.
Aí eu fico aqui assim escrevendo, escrevendo, escrevendo, na esperança de que
o tempo passe e quando eu for olhar no relógio já esteja na hora, ou pelo menos quase,
de ir pra casa.
Quanto tempo se passou até que este post chegasse ao fim?
Pasme, apenas 7 minutos.
Conclusão do relatório: preciso urgente assinar o termo de demissão do meu relógio.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sonho?

Acordei, mas não acordei.
O corpo estava leve, estranho...
Parecia pairar sobre algum tipo de vácuo.
Abri os olhos e tudo era preto e branco.
Pulei da cama.
Aí sim eu acordei.
Não estava mais sentada.
Estava deitada e tudo era colorido.
O corpo não pairava, estava de volta no lugar.
Tudo estava.
Eu estava.
É, estava de volta.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O Kabide Brechó

Pra falar a verdade, eu ainda não tive tempo de ir lá, porque o lugar se encontra completamente contrário ao meu caminho corriqueiro e apressado de todos os dias.
Mas toda vez que olho as fotos, morro de vontade de correr lá e comprar tudo pra mim!
O Kabide Brechó traz peças para todos os gêneros e todos os gostos, desde roupas a acessórios e sapatos fofos.
Além das peças lindas, de marca ou não, ainda se pode alugar fantasias finíssimas!
Simplesmente um luxo.
Eu digo, ainda não tive tempo, mas

Se eu fosse você, ia lá agora!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

.

"Noites de um verão qualquer
Eu me sufoco nesse ar
O corpo venta em preto
O chão devora o espaço ocular."

sábado, 14 de fevereiro de 2009

De tirar o Chapéu

Sabe, eu não sou de falar muito de uma única banda em específico, devido à minha mania constante de gostar tanto de todas as bandas que gosto, e também não sou muito fã de coisas assim tão diferentes desse meu gosto. Mas hoje, vou me submeter a falar sobre uma banda que conseguiu tirar meus pés do chão e fazer meu queixo cair. Terra Celta. Antes de ir para o pub em que iriam tocar, eu dei uma espiadinha nos vídeos da banda. Achei interessante, diferente e divertido, mas não me imaginei pulando lá no meio como as pessoas do vídeo. Engano meu. O som dos caras é tão contagiante, que começou por um sorriso estranho de admiração, que não saía do meu rosto. De repente, notei que meus joelhinhos estavam se balançando e a ponta nos pés batiam no chão, acompanhando o ritmo da gaita de fole. As mãozinhas, lentamente começaram a se soltar dos bolsos de trás da calça, numa tentativa de se encontrarem junto às palmas que se espalhavam pelo ambiente. Quando dei por mim, estava abraçada com as pessoas, pulando com elas e dançando frenéticamente. Não sei como e nem porquê, mas eu sabia cantar e dançar algo que eu nunca tinha visto antes. Foi uma sensação incomum e inexplicável. Eu olhava para os lados e não via nenhuma cadeira ocupada, todos estavam lá no meio, o mais perto possível uns dos outros, o mais perto possível do palco, o mais perto possível de um mundo distante. Era como se estivésemos fora dali, em outro mundo, em outro tempo. As cervejas brilhavam quando as mãos se levantavam e o chão tremia quando os pés o tocavam, todos os rostos sorriam tão divertidos quanto as gargalhadas que se podia ouvir entre uma música e outra. A alegria reinou ali. Por isso eu recomendo que, se puder, vá a uma festa com eles. Pois eu que sou chata, talvez pela primeira vez na vida, me rendo e tiro o chapéu.



"E quando as canecas se chocam
Cerveja se espalha no ar
Quando as canecas entornam
O mundo começa a girar"

(Terra Celta)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eu casava...





...com todos os modelos da passarela do McQueen, na semana de Moda Masculina em Milão. Inspirada em sua própria pessoa, a coleção inverno 2010, The McQueesnberry Rules [fotos1/2/3], traz rapazes elegantes e de charme sombrio, como os magníficos cavalheiros do século XIX.

Casaria também com o DonJuan de Thierry Mugler, em seu casaco de veludo vermelho [foto4].
Ainda no mesmo evento, para quem gosta do estilo 'largadinho', temos os garotos da Burberry, com suéteres confortáveis, inspirados na música Where the Streets Have no Name, e suas carinhas de abandonados, que souberam fazer muito bem na passarela [foto5]!
Para as oitentistas, Gucci traz sua irreverência em superskinnys com sapatos de bico fino e gravatas coloridas [foto6].
Dá também pra se divertir com os suéteres da Iceberg, inspirados nos desenhos animados Pateta e Pato Donald. Uma graça [foto7]!
Para quem curte um estilinho cult, os nerdzinhos de Gabbana são um sucesso[foto8]!
Já num clima mais sedutor, a Etro, trouxe rapazes mergulhados em vinho, tema da coleção, que poderiam ser bebidos facilmente por qualquer mulher [foto9].
O clima esquenta ainda
mais com as pernocas de shortinho Dolce&Gabbana [foto10] e a cinta-liga
vermelha
de John Galliano [foto11].
E saindo da passarela prontos para subir no altar, os elegantes garotos de DSquared,inspirados na grande era dos musicais hollywoodianos [foto12].
Em lua-de-mel, podemos dar um pulo na semana de Moda Masculina de Paris e
acompanhar a correria dos blackpowers de Goultier[foto13]
e dos piratas
de Galliano[foto14].

E por fim, eu fugiria, é claro, com os criminosos de Martin Margiella [fotos 15/16].


(fotos:site UseFashion)

Um pouco mais: Dolce&Gabbana ; Alexander McQueen; Burberry; John Galliano;

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nostalgia

Um olhar, um cheiro, uma cor.
Uma brisa, um fechar de olhos, um breve silêncio.
Uma lembrança boa, uma alegria sincera, uma felicidade contida.
A vontade de voltar atrás, a necessidade de seguir em frente.
Uma tristeza, um tédio, o desânimo.
Passou, não volta, volta, vai embora, foi.
Tudo bem, é assim, não é, não quer que seja.
O sorriso conformado, o coração aquecido.
O abrir de olhos, o caminho à frente, a quebra do silêncio.
Uma brisa, uma cor.
Um cheiro, um sabor.
Um olhar com amor.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

When the sun goes down

"Who's that girl there?
I wonder what went wrong
So that she had to roam the streets
She dunt do major credit cards
I doubt she does receipts
It's all not quite legitimate

And what a scummy man
Just give him half a chance
I bet he'll rob you if he can
Can see it in his eyes,
That he's got a driving ban
Amongst some other offences

And I've seen him with girls of the night
And he told Roxanne to put on her red light
It's all infected but he'll be alright
Cause he's a scumbag, don't you know
I said he's a scumbag, don't you know!

Although you're trying not to listen
Overt your eyes and staring at the ground
She makes a subtle proposition
"Sorry love I'll have to turn you down"

He must be up to something
What are the chances sure it's more than likely
I've got a feeling in my stomach
I start to wonder what his story might be

They said it changes when the sun goes down
Around here

Look here comes a Ford Mondeo
Isn't he Mister Inconspicuous?
And he don't have to say 'owt
She's in the stance ready to get picked up

Bet she's delighted when she sees him
Pulling in and giving her the eye
Because she must be fucking freezing
Scantily clad beneath the clear night sky
it doesn't stop in the winter, no
Around here

They said it changes when the sun goes down
Over the river going out of town

What a scummy man
Just give him half a chance
I bet he'll rob you if he can
Can see it in his eyes that he's got a nasty plan
I hope you're not involved at all..."

Arctic Monkeys

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Rolar de Rir

Com você tudo é sempre tão divertido!
Eu posso estar no dia mais péssimo, com o pior humor do mundo e a mínima paciência possível, mas basta passar umas horinhas com você e já estou rindo de qualquer bobagem.
Comer pastéis e coxinhas gordurentas, sentar na grama de repente, no meio da rua, assistir friends e rolar de rir com o fim tão esperado da novela.
Você sabe me fazer feliz. É por isso que tem as chaves de casa.
Porque só você sabe que estou mentindo quando digo que como pizza de qualquer coisa, pois eu não como camarão.
Porque só pra você eu posso simplesmente olhar e você vai saber o que estou pensando, sem eu precisar dizer.
Porque só com você eu danço de verdade, só com você eu literalmente rolo de rir.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Vitrine de Rodoviária

Não tem hora pior da viagem do que a de esperar o ônibus que, claro, insiste em sempre atrasar.
Ficar ali sentado, estático, num misto de tédio, agonia e medo de ser assaltado, não tem preço.
Alguns passam na sua frente, outros do lado, te encaram e você não sabe se te acharam bonito ou se curtiram a sua bagagem.
O que importa é que parece sempre que você é o centro das atenções, a vitrine exposta na rodoviária.
Até que alguém senta atrás de você. Com tantos lugares vazios, a criatura mais estranha do local insiste em sentar perto de você.
E com medo de que ela puxe assunto, você tira rápido o seu caderninho da bolsa e, numa agilidade inexplicável, dispara a tinta da caneta em palavras que nem sabe de onde vêm. Finge estar escrevendo sobre a chuva que cai incessante na sua frente e que, claro, aumentará mais ainda o atraso do ônibus.
E eles nem imaginam que você está falando sobre eles, sobre a platéia da vitrine. Porque você não tem cigarro, você não tem isqueiro, você não tem um trocadinho pra dar, tia.
Você tem só seu caderninho e a vontade imensa de sair dali o mais rápido possível.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A volta

Andava cansada, triste, uma chata.
Mas resolvi deixar tudo isso pra lá.
Deixei de chorar por pouca coisa, de reclamar, de fazer cara feia, de viver a me lamentar.
Parei de fingir. Decidi voltar a ser feliz de verdade.
Sorrir por toda pouca coisa, me arrumar mais,
me melhor apresentar.
Passar rímel, zilhões de cremes no cabelo e perfume até não sentir mais.
Voltei a me socializar.
Piscar de um olho só, sorrir de canto de boca, dar risada de braços dados com uma amiga.
Resolvi ter de novo os momentos só meus.
Cantar. Acender incensos todo final de tarde, varrer a sujeira todos os dias.
No lugar dos velhos e fracos ossos que me faziam encolher, fiz brotar ossos fortes,
que agora me sustentam, me dando uma postura agradável, não só fisicamente, mas no modo de olhar e encarar as coisas.
Aprendi a ser mais eu.
Entendi que cada tombo é sempre um novo recomeço, e que cada recomeço não precisa ser como antes, nem passar pelos mesmos erros.
Assim voltei a ser aquela garota forte, que enfrentava qualquer desafio;
A princesa de flores, não mais de cristal.
Pois as flores nascem novamente a cada dia e o cristal, nunca mais será como antes.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sou um suricate


De olhos negros e carácter felídeo, o suricate é um membro da família do Mangustos. Este animal vive em colônias até 30 indivíduos no deserto do Kalahari na África Austral, com temperaturas escaldantes de dia e invernais à noite. Os abrigos escasseiam, e por isso os suricates tem diversas tocas no seu território de caça, onde dormem e se refugiam. Quando o bando se alimenta, pelo menos um dos seus membro fica de vigia, mantendo-se erecto para ter uma melhor visão do local.
Possui garras afiadas, que lhes permitem escavar a superfície do chão, e listas escuras em volta dos olhos, que ajudam a atenuar os reflexos do sol, para detectar a presença de aves de rapina.