domingo, 17 de maio de 2009

Enquanto uns dormem

Vou por atalhos...
Se faço curva, faço nó!
Eu não tenho timão nem direção maior.
Criando atalhos, a golpes de satisfação,
Faço escultura em luz de lampião.
Meu oriente é rente à televisão
Dos passos que passeiam no Japão.
Menino, a lente é vidro de aumentar visão
E a mente é de alimento à solidão.
Porque eu não quero ficar aqui
Enquanto uns dormem
Quero um balão pra poder subir.
E avise que vou voltar se não cair!
Fazendo um talho
À ponta de faca, sem dó!
Entrega ao punho sua direção...
E assim me valho
De verbo ou de coisa melhor
E aceito a cicatriz como perdão.
Deixa eu me explicar sem medo,
Tão mais cedo quanto for...
Assim não é preciso impressionar!
Cale-me com um segredo
Que eu não possa ver a cor...
Talvez seja mais fácil de acordar.
Se eu não puder viajar,
Me encontre aqui!
Talvez eu vá me esconder em mim...

(Vanguart)