domingo, 23 de novembro de 2008

Um pouco de tudo, dentro de mim

Gosto de muita música; no banho, no trabalho, na rua, na hora de dormir, na hora de acordar, na hora de se arrumar, pra dançar, pra cantarolar, pra sonhar.
Não resisto a um violão, pincéis e tinta.
Gosto da sensação dos dedos afundando no pote de miçangas.
Olho sempre pro céu, canto sempre pro sol, converso sempre com a lua.
Sonho. Dormindo, acordada, de olhos fechados, abertos ou mesmo num piscar de olhos. simplesmente sonho, a todo momento, de todas as formas.
Falo sozinha. Quase sempre converso com pessoas que imagino estarem ali comigo, crio conversas e situações num espaço paralelo dentro de mim; brigo, conto segredos e até digo coisas que não tenho coragem de dizer na realidade.
Já tive um gato.
Adoro chocolate, abraços e bolo saindo do forno.
Na Coca-Cola, gelo e limão, e dois canudos, por favor!
Coleciono bonecas de porcelana, conchas do mar, cremes de cabelo e rascunhos de desenhos.
Com o tempo, aprendi a preferir os lápis apontados com estilete, o café com menos açúcar, os amores mais complicados e impossíveis.
Tento ser bandida e no terceiro dia já volto a ser romântica.
Quando me apaixono já é de cara e meu coração, vagabundo, quando cisma que quer aquele, não adianta, teimoso, não quer mais ninguém.
Entre meus melhores livros estão os mais infatis; Alice e Pequeno Príncipe; minhas duas paixões.
Gosto dos filmes que ninguém entende.
Quando chove, corro pra rua, quando não, fecho os olhos embaixo do chuveiro até achar mesmo que estou debaixo do maior temporal.
Tenho vinte anos e ainda faço bolhas de sabão.
Durmo tarde e acordo cedo.
Trabalho oito horas por dia, estudo quatro e durmo duas.
Escrevo besteiras e posto no blog, as deixo escondidas em meu caderno ou espalhadas em pedaços de papel.
Gosto que segurem minha mão.
Gosto de olhar nos olhos.
Prefiro um sorriso sincero a mil palavras bonitas.
Gosto de quem cuida de mim.
Gosto de quem acabei de conhecer.
Gosto de quem fica comigo o tempo todo, pessoalmente ou mesmo só por telefone.
Gosto de você.
Gosto de mim.
Gosto de tudo um pouco, de dentro de mim.

sábado, 22 de novembro de 2008

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Ela gostaria de conhecê-lo melhor,
Não esperava essa sensação.
E mesmo não tendo acontecido quase nada,
Gostou de segurar sua mão.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sobre as noites em claro

Café forte sem muito açúcar, uma jarra de água gelada pro tereré, uma lista gigante de músicas, papéis jogados pelo chão, lápis de diversas cores, canetinhas, canetas e afins.
São eles que passam as noites em claro comigo.
Até duas, três horas da manhã eu fico aqui; riscando, apagando, colorindo, sujando; fazendo surgir do vazio as cores bonitas, fazendo significar o insignificante.
Dormir é bom pra quem tem tempo. Eu? Tenho algumas horas e milhões de coisas a fazer.
É uma correria inexplicável que, se chegar ao fim, vai me fazer falta.
Nessa hora da madrugada, enquanto o mundo lá fora dorme, eu faço festa com meus croquis.
Tem de todos os tamanhos, de todas as idades, de todos os estilos.
Eles sorriem pra mim quando quero e como quero.
Posso até parecer maluca, mas gosto de ficar aqui com eles, inventando um mundo paralelo, onde problemas são resolvidos com laços de cetim e a tristeza é coberta por listras multicoloridas.
Amanhã o dia não vai ser nada fácil, vou querer dormir a cada piscar de olhos.
Mas à noite farei mais um café, quem sabe um pão de queijo pra acompanhar.
Todas as noites vou sujar as mãos de lápis de cor, manchar de tinta o chão da casa e cantar as músicas da lista interminável que me acompanha pela madrugada.
Porque é assim que vivem os artistas, é assim que vivem os loucos, é assim que quero viver.
Sabe aquele lance de amigos imáginários? Os meus aparecem nas noites em claro.

sábado, 8 de novembro de 2008

Portas Fechadas

Fiz de tudo pra ser feliz com você. Sempre dei o melhor de mim.
Tentei ser a melhor companheira, a melhor namorada, a melhor amiga, o melhor amor.
Mas você nunca reconheceu nada disso. Outros planos estavam sempre à frente do nosso amor, e eu mesmo assim te apoiava.
Me dizia, da boca pra fora que me amava, e eu acreditava.
Me deixava esperando horas sentada no sofá, depois chegava cheio de desculpas e eu te perdoava.
Mas agora estou fechando minhas portas pra você. Eu as deixei abertas durante muito tempo, esperei por quatro anos a sua volta. Fui a pessoa mais feliz do mundo quando te beijei de novo depois de tanto tempo, e não tenho como explicar o que senti quando me pediu em namoro.
Tinha valido a pena esperar tanto tempo. Não deixei ninguem entrar no meu peito, nem roubar meu sentimento. Fui sempre só sua, de corpo e de coração.
Foi o unico que amei e sabe bem que não vou amar mais ninguem.
Mas agora fecho minhas portas pra você. Não me arrependo de nada do que fiz e espero, sinceramente, que um dia você aprenda a dar valor nas coisas verdadeiras da vida, em sentimentos puros ao invés dos prazeres banais que você coloca à frente de tudo. E espero que acorde antes de eles acabarem com sua vida. Espero, acima de tudo, que um dia aprenda a ser feliz.