terça-feira, 13 de julho de 2010

O caminho

Me pergunto por que existe o orgulho.. Será só pra que as pessoas tenham no que pisar?
Às vezes fico pensando como eu ainda o tenho, mesmo com tantos tropeços pelo caminho.
E eu vejo as fotos e os videos das pessoas que o feriram, e meu peito dói, se rasga ao meio.
Me sinto cansada, muitas vezes, é quando tenho vontade de fugir. Será por isso que não consigo parar muito tempo no mesmo lugar? Vivo mudando, tentando achar um lugar em que eu possa descansar, em que eu possa viver com tranqüilidade, um lugar em que haja pessoas em quem eu possa realmente confiar, em quem eu possa buscar abrigo, refúgio. Mas penso também que talvez isso não exista. E que se for assim, eu vou continuar correndo em vão, buscando uma borboleta que nunca pousa, porque provavelmente é fruto da minha imaginação, fruto do meu coração, que é ingênuo e insiste em procurar pessoas melhores.

"Pelas minhas trilhas, você perde a direção; não há placas nem pessoas informando aonde vão"

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Hoje me encontrei com uma libélula

Há tempos não via uma delas. Passou sobrevoando o vidro do carro, alegre e vivaz.
Eu a cumprimentei, extasiada pela surpresa da sua visita. Ela já havia ido embora, mas como se tivesse me escutado, voltou tão logo, deu mais duas ou três voltas por cima do carro, como quem dissesse "que bom que gostastes da visita! Poderíamos tomar um chá numa tarde qualquer!" E partiu, antes que eu pudesse aceitar o convite. Ah, querida libélula, se podes me ouvir, sinta-se à vontade para voltar na hora do chá, com sua vivacidade de pequeno dragão alado, impetuoso e ao mesmo tempo dócil, alegrando pequenos instantes com seu vôo sempre apressado, de quem corre contra o tempo.