sábado, 14 de novembro de 2009

Pé no chão, cabeça nas nuvens

Adormeço sempre em meio às palavras doces de minha oração. Quando me deito, penso em milhares de coisas, milhares de ideias e pensamentos bagunçados, que cessam e se calam à medida que minha reza vai fluindo. E, assim, adormeço na escuridão. No breo dos olhos fechados, quando menos espero, sou subitamente acordada por um sonho; ora bom, ora ruim. E permaneço nele por um tempo, que não sei qual é. Volta e meia, retorno ao breu e esquecimento, até ser novamente acordada por outro sonho; ora bom, ora ruim. Nesse misto de sonho e dormência, as horas passam e a noite se esvai, até que eu me acorde com o raio de sol que entra pela janela e o barulho incessante do meu despertador, que me convidam para um novo dia; ora bom, ora ruim. E nesse dia eu permaneço, por vezes adormecendo de olhos abertos, sumindo sem que ninguém perceba, me afundando em sonhos; ora bons, ora ruins. E as horas passam e o dia se esvai, até que eu deite novamente, me acalme nas palavras doces de oração e seja subitamente acordada por mais um sonho; ora bom, ora ruim.