Longe de casa nem parece dia de festa... Algumas coisas já começam a fazer falta, o coração parece não querer comemorar...
O telefonema pela manhã arrancou lágrimas e a amiga que levou uma rosa e esperou na saída do terminal pra fazer companhia no almoço amenizou a monotonia de uma manhã cansativa. A tarde custou a passar, repleta de coisas chatas, de sorrisos amarelos pra falar de coisas banais quando só queria ficar em silêncio... Talvez não esteja tão feliz quanto deveria estar. Queria juntar pequenas coisas que gosto daqui, com as coisas que gosto de lá, e fugir...pra um recanto, um abrigo, um lugar onde não haja tristeza e onde, principalmente, não exista a distância. Daqui, talvez levasse poucas coisas...Levaria a amiga do terminal, quem sabe mais duas ou três pessoas, uma gata e alguns pertences. De lá, levaria uma familia inteira, um único e velho amor, os amigos que foram, os amigos que ficaram. Assim, quem sabe, eu pudesse então ter, não um suposto, mas um maravilhoso dia de festa.