quarta-feira, 21 de abril de 2010

We'll paint the town red and we'll shake the trees

Estive pensando em como as coisas são tão diferentes lá na terra de onde vim. Me lembro de as pessoas se importarem umas com as outras. Me lembro de o bem estar do seu amigo ser prioridade, acima de qualquer festa, de qualquer prova, de qualquer emprego, de qualquer compromisso. me lembro de as amizades serem incondicionais. Lá, as pessoas costumavam se importar com o "ser eternamente responsável por aquilo que cativas". Hoje vejo essa frase estampada na boca de quase todo mundo que encontro por aqui, mas ela não se fixa, de fato, no coração de nenhum deles, como se fazia cravada na alma daqueles que lá, talvez nunca nem a tivessem dito. E esse laço que tínhamos (e temos) é tão forte, que nem na distância se pôde perder. Sei disso, porque ao sinal da primeira lágrima que cai, ao primeiro aperto no peito, é por eles que meu coração pede. É a eles quem procuro, é o nome deles que digito por primeiro na lista de endereços do msn, do celular, é o nome que procuro na velha (e inseparável) agenda. É o nome ao lado de tantos poemas que já escrevi. E não é coisa minha, é coisa daquela velha terra vermelha, dos costumes daquela cidade de que eu costumava reclamar. Sei disso, por cada janelinha de msn que pula na minha frente tão de repente dizendo 'amiga, ainda está aí? preciso de você'. Sim, eu estou! E sempre estarei! Até o dia em que a gente se canse e resolva voltar, resolva estar perto de novo, e não perto de coração, mas perto de colo, de abraço. Porque, como eu já disse, naquela terra esse costuma ser um compromisso que está acima de qualquer escolha: a amizade de confiança incondicional.